“Meu nome é Eduardo e, no último dia 13, estava voltando de uma prova de agility na Avenida Aricanduva, em São Paulo, para minha casa, em Cotia. Nas proximidades do Sambódromo, avistei um cão que corria feito louco. Encostei o carro, peguei um pouco de ração e ofereci a ele, que não aceitou. Peguei uma guia que estava em meu bolso e, para minha surpresa, ele veio até mim. Abri a porta do carro e ele foi direto deitar no banco, pois estava muito cansado. De lá, o levei direto a um veterinário para que o cãozinho tomasse banho.
Assim que cheguei em casa postei informações sobre ele no fórum da CBA (Comissão Brasileira de Agility). Estava preocupado, pois certamente alguém esperava notícias do cãozinho. Logo depois do anúncio, recebi uma ligação da colega Juliana, que foi a um supermercado e viu um cartaz com o apelo de uma família procurando o tal cão perdido. Ela deu meu telefone à família e eles ligaram. Pediram para que chamasse o cão de Lucky (que significa “sortudo” em inglês) e uma coisa incrível aconteceu: no momento em que o chamei, ele pulou em mim de alegria.
Era ele o “sortudo” daquela família, que tinha duas crianças à espera de seu retorno pra casa. O seu dono Roberto veio buscá-lo e me contou que o cão percorreu cerca de 25 km desde o dia 7 de junho até ser encontrado por mim. Foi difícil conter as lágrimas com o reencontro. A sensação de missão cumprida é a melhor coisa na vida de um ser humano. Agradeço à Deus, ao Lucky que confiou em mim quando mostrei a guia, à Juliana, à Vivy e a minha esposa Bete”.
Foto: Arquivo Pessoal
