Fazer com que animais silvestres, como o macaco-prego-de-peito-amarelo, fiquem confortáveis o suficiente para se reproduzir em cativeiro não é tarefa fácil para biólogos e zoólogos - principalmente quando a preservação da espécie depende desse trabalho. Por esse motivo, foi tão comemorado o nascimento de 97 filhotes no Jardim Zoológico do Rio de Janeiro no último período reprodutivo, que começou em setembro do ano passado e termina em março.
Entre as espécies com novos moradores graças a esses nascimentos estão animais que correm risco de extinção ou que não se reproduzem em cativeiro com frequência, como o araçari-poca (ave da família do tucano), o guará (pássaro de plumagem vermelha), o tamanduá-mirim e o macaco-prego-robusto.
"A reprodução desses animais têm especificidades muito grandes em relação à produção do ninho, à angulação e à iluminação. Nem sempre nós conseguimos preencher esses requisitos, mas, se o animal se sente bem, tem espaço para se exercitar e está confortável, é mais fácil haver a reprodução", explica Anderson Mendes Augusto, biólogo do zoológico.
O trabalho dos funcionários do parque faz parte do desafio constante de garantir as condições de reprodução às espécies ameaçadas para diversificar o padrão genético dos animais. O objetivo em longo prazo, segundo Augusto, é permitir a reintrodução dos animais em seus habitats.
Texto: Da AE