Ao avistá-lo, ela, desesperada, parou seu carro e impulsionada pelo seu AMOR, foi acenando para que as pessoas diminuíssem a velocidade dos seus veículos, para que assim ela pudesse retirar o indefeso peludinho daquele perigo que o cercava.
Ela, então, foi em sua direção com passos lentos para adquirir sua confiança e, quando ele menos percebeu, já estava sendo acariciado em seu colo.
Gilda ficou tão irradiante de alegria por estar salvando aquela vida, que não se importou com as palavras xulas que os insensíveis motoristas lhe expressavam, pois acima de qualquer rótulo prevaleceu o amor e a solidariedade perante aquele ser abandonado.
Imediatamente ela o levou para sua casa e se surpreendeu, pois Tico na verdade não era cinza; o que lhe faltava mesmo, além do amor, cuidados necessários que no final revelaram um lindo poodle branco.
Ele, hoje, é um senhorzinho com quinze anos de idade e, embora deficiente visual devido a idade, é muito inteligente, amoroso e esperto.
Para ambos, TICO e GILDA, aquela tarde de inverno há dez anos atrás marcou não somente o encontro de dois anjos, mas também o amor que transcende a própria vida.
Por amor, Gilda preserva em pequenas e lindas urnas as cinzas de seus peludinhos, Beto, Colombo, Chaplin, Fofinha e Aninha, as quais serão colocadas junto com sua porção física quando ela, enfim, cumprir a sua jornada terrestre.
O VERDADEIRO AMOR NÃO TEM FRONTEIRAS.
Carinhosmente,
Rôzana Salles - Sto André
Oi pessoal, a Rozana, fez aqui a sua homenagem a sua amiga Gilda, uma pessoa que não mediu e não mede esforços pra salvar uma vida.
Eu aqui só tenho a dizer pra Gilda, que sua luta continua, que muitos peludos precisam de você e de seu amor, buzinas, etc... não te abalam, siga com sua missão, pois você se mostra uma pessoa iluminada, pare o trânsito, pare o desfile, pare qualquer coisa, mas saia com a vitória nas mãos.
Abs Drika
Foto: Arquivo Pessoal
